segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Línguas Bífidas


O mundo do trabalho é muitas vezes comparado com uma selva, em que os mais fortes prevalecem sobre os mais fracos. Sempre pensei que era um exagero, que bastava o empenho, dedicação, honestidade e bom trabalho. Que isso bastava!!!!! Agora, dá-me vontade de rir... HAHAHA... não podia estar mais enganada, esqueci-me por completo da variável que representa o ser humano. Esqueci-me que ao aparecer descontraída, ao não me lamentar constantemente, ao não desfiar a minha vida por completo em lágrimas, ao ter sempre um sorriso no rosto e uma palavra amiga nos lábios, ao despachar o meu trabalho exemplarmente, em menos tempo que os outros, e mesmo assim ter o menor salário, estou a atrair a inveja, o diz que diz, o procurar gratuito de alguma coisa para apontar, para falar por mais patética que seja. São pessoas que têm tempo de sobra para reparar no que os outros fazem ou deixam de fazer enquanto podiam estar a trabalhar. São medíocres, porque não conseguem sobressair sem ser à custa dos outros. São infelizes, porque não encontram a felicidade nas pequenas coisas e querem que todos sejam como eles. Não são facilmente reconhecíveis, costumam ser criaturas afáveis, ardilosas na maneira de ser e estar, deslizam entre os vários meios a destilar veneno daqui e dali, recolhendo e trocando informações, não sendo nada fácil desmascará-las. O mais patético de tudo, são aqueles que lhes dão ouvidos ou vão no jogo, pois assim é que lhes é dada a força, o poder. Mas o ser humano é mesmo assim: antes falar dos outros do que de nós (ai que medo!!! Que falta de pachorra para pessoas de personalidade fraca- nunca gostei). Mas como a vida é injusta são sempre estes que sobem nos empregos ou que conseguem isto ou aquilo. Como lidar com uma língua bífida? Ignorá-la? Confrontá-la? O melhor acabamos por descobrir é mesmo ignorar. Não é fácil, afinal uma pessoa não tem sangue de barata e sinceramente nem paciência e tempo para perder com parvoíces. Um belo olho negro é que era, acabava-se logo com as cócegas ( não é que seja a favor da violência, que não sou, mas a violência também pode ser verbal, e é tão má quanto a outra) mas depois aí vinham outros problemas. Não, o melhor mesmo é ignorar, ser superior. Aí a língua bífida cansa-se e passa para a vítima seguinte. Afinal, qual é a lei da selva? É a sobrevivência. E sabem que mais: que os meus inimigos assistam de pé às minhas vitórias!! E que ganhem varizes... hehehe

3 comentários:

  1. Adorei! Os frasquinhos de veneno sobrevivem em qualquer meio e, infelizmente, conseguem ascender profissionalmente porque, como toda a gente sabe, quem manda gosta de se rodear de um séquito de aduladores. A melhor forma de lidar com esta gente é simplesmente ignorar a sua presença numa primeira fase e, quando a oportunidade surgir dar-lhes a provar um pouco do seu proprio veneno (fase dois). Um olho negro também não ficava nada mal e sempre combinava com as varizes dos ditos cujos!

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  2. Estou a pensar lançar um "kit de sobrevivência": muito power, um fato com 2 frentes (para n falarem nas costas), um cd de ioga (ficamos esbeltas e flexíveis), uns pózinhos de plim plim para afastar as más vibrações, uma bolha mágica para nos proteger e estamos prontas para a luta! Irrá

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  3. ah... é verdade... e uma grande dose de paciências, que faz tanta falta e às vezes é tão pouca...

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