domingo, 18 de setembro de 2011

Diário virtual

Porque é que escrevemos, quase religiosamente, num espaço virtual que quase ninguém lê? Qual será a diferença entre escrever num blog ou escrever num diário? Digo isto porque todos nós aproveitamos esta oportunidade para escrever o que nos vai na alma; ou melhor, para desabafar. Então, porque é que não o fazemos à boa moda antiga, escrevendo num diário? A verdade é que temos sempre a esperança de que alguém nos responda, que nos dê uma palavra de ânimo ou que elogie o que fazemos. A diferença entre um blog e um diário é o facto de o primeiro poder dar início a uma conversa enquanto que o segundo é apenas um monólogo. Mesmo assim, continuo a pensar que nada substitui o caderninho onde vamos anotando as ideias, emoções e acontecimentos... 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Manias

Pode ser mania minha, mas quando envio um mail ou um SMS a alguém, espero que as pessoas me respondam. Mas não, a maior parte das vezes as perguntas ficam sem resposta e fico sem saber se receberam ou não as minhas mensagens. Também se pode dar o caso de não me "passarem cartão" mas, ainda assim, diz a boa educação que se deve dizer alguma coisa. Raramente deixo de responder às missivas que me enviam (SMS. mail, recado em papel, etc) e mesmo quando não tenho tempo acuso a receção das mesmas e, mais tarde, respondo com calma. Andam todos muito apressados, como fazem questão de sublinhar frequentemente. No entanto, há sempre tempo para atualizar a página do facebook com informações muito interessantes, bem ao jeito de uma música que se ouviu no início do verão. E não, não sou contra o facebook. Também tenho uma página, embora não a consulte ou atualize regularmente. Considero que é muito útil para divulgar informação rapidamente a uma grande número de pessoas. Como exemplo da sua utilidade apresento o caso dos pedidos de adoção de animais abandonados. Bem, se calhar tenho que ir para o facebook perguntar a X, Y ou Z quando é que me devolvem os livros que eu lhes emprestei.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ginasticar (parte 2)

A verdade é que não segui as minhas resoluções, tendo ido apenas mais uma ou duas vezes ao ginásio. Chegou a primavera e depois o verão e tanto os "pneus" como a celulite foram passear à praia e reforçados com doses generosas de gelados e de outras iguarias. Amanhã recomeço noutro ginásio e, desta vez, inscrevi-me no Pilates e também no Body Sculp para alternar as aulas. Desta vez quero ser disciplinada e divertir-me bastante na prática destas modalidades. Depois conto como foi.

Ginasticar (parte 1)

Em Março escrevi o texto seguinte:

"Hoje retomei a rotina de frequentar o ginásio. O final do inverno aproxima-se a passos largos e eu não quero, mais uma vez, ficar deprimida quando a primavera chegar. Agora percebo porque é que os casacos de inverno são chamados de “tapa-misérias”. Sempre achei que esta designação estava relacionada com o facto de, uma vez vestidos, não se vislumbrar a roupa de baixo, tanto quanto sei as pessoas até poderiam estar de pijama (tenho uma amiga que fazia isso) e ninguém daria por nada. No entanto, agora acho que têm esse nome porque tapam as gordurinhas indesejadas e todas as outras misérias que nos esforçamos por ocultar. Porém, com a chegada dos dias quentes não há “tapa-misérias” que nos valha e a constatação da realidade que andou escondida durante uns bons meses é uma coisa terrível. Foi com isto tudo em mente que enfrentei o frio de um dia de inverno e me meti a caminho do ginásio. Antigamente, frequentava umas aulas de pilates e de bodystep que eram, de facto, muito divertidas e estimulantes. Mas, os horários de trabalho não combinavam com os do ginásio e, pouco a pouco, fui desistindo. Agora inscrevi-me num desses ginásios em que cada aula tem a duração de meia hora e que, ao que parece fazem com que fiquemos muito elegantes, desde que não faltemos às sessões, bem entendido."


Vestir um abraço


Pois é, eu costumava vestir um abraço sempre que o tempo estava frio. Para mim “vestir um abraço” significa vestir uma roupa de que se gosta muito, bem confortável e reconfortante. No meu caso, essa peça de roupa era um casaco polar que me foi oferecido pela minha irmã no ano passado. Nos dias invernosos, chegar a casa, vestir esse casaco e sentar-me a beber um chocolate quente era o ponto alto dos meus dias. Significava conforto, segurança e liberdade. Quase como o ponto de partida para fazer o que me agradasse ou, simplesmente, não fazer nada, apenas saborear estes momentos tão preciosos de tranquilidade e felicidade. Pois é, roubaram-me o “abraço”! Roubaram-no do estendal, raptaram-no e levaram-no para uma qualquer existência miserável. Fiquei mesmo zangada!