quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

É o deixa andar...


Uma das coisas que me entristece e que estou constantemente a gastar o meu latim é a falta de condições que existem em muitos trabalhos, incluindo no meu. Falo de um simples sistema de ventilação, de espaços mais amplos, arejados, iluminados sem ser com lâmpadas artificiais num tecto rebaixado que aumenta o calor numa sala com equipamentos, em que há utentes/clientes a entrar e a sair, em que os odores, suores e outras coisas mais se misturam, bafejando quem entra na sala com um beijo fétido ou um mau perfume. Falo de respeito por quem trabalha, independemente do posto, posição ou conhecimentos. Mas como sabem, por cá, trabalha-se é com papéis, com n pedidos de reparação e melhoramentos que caem em autênticos triângulos das Bermudas, nunca mais vistos, ou passados meses e quem sabe anos, vêm dizer que não há parafusos,ou que no mês X o Manelinho está doente, no mês Y é o Joaquim que substitui o Manelinho, mas como não aguenta a pressão foi mais cedo para casa, o melhor mesmo é passar outra requisição, porque agora que fala nisso, não encontro a anterior, deve ter ido com as coisas da Jacinta, que está de férias..... e as situações do arco da velha continuam.... e vai-se dando um jeitinho daqui e dali, a improvisar, desde que o trabalho apareça feito, quem é que se está para preocupar, os chefes não estão de certeza, desde que não os chateiem. Quem está no meio é que não tem desculpa, tem que produzir, mostrar trabalho feito independentemente das condições.... até ao dia em.... quese farta de tanta incompetência e teoria do deixa andar.

2 comentários:

  1. Partilho da sua decepção e também revolta. No inverno trabelho em salas geladas (nos dias mais frios vê-se o ar que expiramos) e no verão as temperaturas são tão elevadas que, frequentemente, as pessoas fim mal-dispostas. Também se vão tapando "buracos" daqui e dali e, muitas vezes, parece que as nossas reclamações/sugestões caem em "saco-roto". Desde que o trabalho apareça feito, nada mais importa. Desmotiva quem quer produzir mais e melhor porque a única coisa que atrai é a inveja dos colegas e a indiferença de quem manda. Por isso, comecei a adorar o toque da saída! Querida liberdade!

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