terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A pé em plena IP3


Vinhamos do funeral do meu avô quando parámos numa estação de serviço da IP3 sentido norte-sul, entre Santa Comba Dão e Coimbra. Já a noite tinha caído quado acabámos o repasto e retornámos para o carro continuando a nossa viagem. Não devíamos ter-nos distanciado mais de 500m (para quem não conhece aquela zona, é só uma faixa para cada lado, curva e contracurva) quando alguém diz:- a minha mala! Ficou lá! Ficámos parados numa curva com os 4 piscas ligados a tentar decidir o que fazer perante os gritos de quem tinha tudo numa mala (cartões, dinheiro, tudinho). Pois é, e agora? Não dá para fazer inversão de marcha. Se seguirmos até á próxima saída para mudar de direcção, quando chegarmos à estação com quase toda a certeza já não vamos encontrar mais a mala. Pronto, digo eu. Vou a pé com o colete reflector (devo estar doida!!). Como havia dois coletes, fomos duas pessoas em fila indiana num trajecto que pareceu uma eternidade. Desde o receio de ser atropelada ao de baterem no carro, só desejava que os meus pés se mexessem rápido, rápido. Apesar dos dois graus negativos, de virmos a tiritar os dentes o caminho até ali dentro de um carro, depressa ficámos com calor ( até as luvas deixei na mala do carro, tal era a ansiedade em estar ali desprotegida, na noite escura como breu em plena IP3 só com um colete reflector). Que aventura!! Mas conseguimos reaver a mala, não fomos atropeladas e não aconteceu nada ao carro. Final Feliz!!

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